Estou
farta! Estou farta da mesmice
Estou
farta da criancice
Estou
farta de me prender a rimas,
Enquanto
nem todos me entendem
Estou
farta de ser adolescente
Já cansei,
por quanto tempo ainda será assim?
Quanto
tempo demora pra crescer?
Será que
da pra saber?
E não é
este também um poema adolescente?
Nem
falando mal consigo abandoná-lo
Não
adianta,
A laranja não
cai longe do pé...
Minhas
palavras vão deixar a infância somente quando eu o fizer
A mudança é
de dentro pra fora
O autor
tem capacidade de transformar-se
A poesia não
Ele que
vive, a poesia é só relato da sua vida
Então
posso concluir que a poesia é o de menos
O
relevante é o autor, ele que vive
Assim não
faz sentido falar das características da poesia
Enquanto
que elas são pequenas amostras da do autor
Ou seja, o
centro da poesia é o seu autor
Ela não é
nada por si própria
O que da a
ela veracidade é o seu autor
Ele que a
trouxe ao mundo...
E eu com
tudo isso?
Querendo
deixar de ser adolescente, acabo o sendo ainda mais
Pois
pensar e refletir demasiado
Pois
questionar o tempo e o presente
São sim
coisas de adolescente
Quem não dirá
talvez a poesia em si?
Pois é...
a vida passando por ai
E eu aqui
Devaneando
em metapoesia, em metavida
Parece que
vivemos no mundo,
Mas nossa satisfação
não está nele
Estou aqui
de corpo
Mas não, não
pode a mente ocupar-se apenas do entorno físico
A mente
quer mais
A mente não
é carne, a mente não é matéria....
A mente é
o nosso portal
Pro além
daqui
Pro
transcendental
É o nosso
sobrenatural.
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