terça-feira, 24 de novembro de 2015

Lugar nenhum

Aqui, neste ônibus
Quero ir pra lugar nenhum
Mas como passageira da vida
Só sei viver a minha vida

Aqui, neste cansaço, nesta rotina
O lugar nenhum é tudo que preciso
Talvez não descer no meu ponto
E explorar a vida sem relógio nem mapa

E o que me segura? O que nos impede?
Vamos conhecer lugar nenhum, vem comigo?
Por favor alguém me apresenta, se ele existe
Quero ir pra lugar nenhum

Mas será que saindo da rotina, a rotina sai de mim?
Porque nesta vida de agenda lotada desaprendi o caminho até lugar nenhum.

Alguém do seculo XXI conhece lugar nenhum? Quem sabe se foi no desmatamento, quem sabe não seja nenhum lugar. 

Talvez lugar nenhum não seja para mim.

domingo, 15 de novembro de 2015

Dias sem Deus

Passa um dia, passa outro
Fica chuva, fica frio
Vai vém pensamento pouco
Não anima, rosto vazio

Parece a mesma morbidade
Um dia e outro sem novidade
A mesma chuva, céu nublado
O vigor se torna entediado

E se foi o brilho do mundo
O céu se esvaneceu
Caiu a glória dos homens
Ficaram uns cacos, eu



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Fresta

Pelas janelas da vida
Vejo o que ficou nas frestas do mundo
Pela fresta dos olhos, olho além da janela
Vejo além de tela, a vida, no mundo.