terça-feira, 14 de abril de 2015

A menina e a relva

Quinta feira. Manhã.
A chuva de um dia anterior conferia umidade no ar, e o orvalho era como um manto a cobrir a relva vivente.
Via-se na terra descanso, alívio. Por tudo que era mais singelo, aquele frescor no ar  pairava como flocos de neve em pleno outono sulista.
A beleza daquela aurora fazia uma adorável garotinha de 8 anos ser conhecida como "a rainha matinal", pela sua vizinhança amistosa.
Quando não havia amizade mais duradoura que as folhas aveludadas, em que repousava seu cabelo e depositava suas palavras, por lá poderia ficar, horas e horas a descansar, enquanto raia o dia, o sol, e a esperança.
Mal sabia ela que... Ao crescer, haveria bosques, pomar e toda sorte de diversidade sobre o mesmo mapa! Crescia com ela a sua base, a sua vida, e a sua alma! Porque ela viu, na simplicidade da grama, o verde da esperança, que os adultos, os cegos e os ocupados nunca viam. Incompreendida porém feliz e viçosa, como deve ser a menina dos olhos da alma!

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