terça-feira, 24 de setembro de 2013

Implícito, Simplícito.

O que o mundo precisa é de simplicidade
Porém simplicidade elaborada
Não como atitude covarde, que não explora e não desbrava
Essa revolução já está atrasada 

Precisamos todos aprender
A ver na luta uma vitória,
a dolorosa labuta fazendo nossa história
A ver no simples o complexo
como no espelho convexo o direto se torna espalhado, diversificado
Mas sem perder o foco, com uma lente se chega ao desejado
Precisamos não somente ver, mas enxergar, e com atenção analisar

O mundo em que vivemos de mazelas é cheio
Ótimo assunto para prolongados devaneios
A questão é que nem todos são capazes,
De com atenção observar, e captar:
a raiva atrás das pazes, 
o mundo transformando em fases
o português perdendo as crases
A vida girando e rodopiando
O planeta em órbita constante
Em torno do sol rodeando
Livre de todo comportamento errante
O implícito em cada singelo ato
que não fique sem relato, sem retrato 
A beleza não só no belo 

E este estado verdadeiramente anelo
por um mundo melhor, mais sincero
com muita esperança espero
O raio-x  na vista de todos 
Observando através dos lodos 
Atentando e percebendo
na simplicidade: o mundo, a vida
na corriqueira fala: a implícita voz que não cala
no aconchego da sala: a família desunida 
no fundo da mala: a vida não preferida 
Em todos os lugares a mesma gente
Em todos os vorazes a mesma mente 
De todas as cores diferentes, 
O mesmo branco 
De todas as vozes diferentes, 
O mesmo canto
De todas as viroses diferentes 
O mesmo pranto
De todas as doses diferentes
O mesmo franco 
De todas as lordoses diferentes
O mesmo tamanco 
De todas as nozes diferentes 
O mesmo encanto 

Vamos, então
incentivar essa necessária revolução
por um mundo mais vivido
mais compreendido
por todas as gentes, por todas as mentes
Que veem sem perceber, esquecem sem esquecer 
Que choram sem chorar, cantam sem cantar 
Riem sem rir, vivem sem viver. 

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