Verdades ao vento

Das verdades que a vida traduz
Algumas são choro e chuva
Outras são vida e luz.

Como mão que encaixa na luva
Quero ser um sim à verdade,
Um não à escuridão
Só que a sociedade não muda.

Como dizer verdades a quem não quer ouvi-las?
E teria por acaso algum proveito?
Mudaria em alguém algum conceito?

Seria como jogar palavras ao vento
Mas o vento vai e vem, e horas volta
E assim eu me contento...

Afinal o vento não precisa de escolta
Mas as pessoas precisam de Jesus.

Tempestade descreve

Vem pra abalar
vem pra molhar
vem desembarrar
meus olhos cegos

Nós humanos
tão individualistas
como podemos ser tão insanos?
E tão criticistas?

Nessa chuva eu vejo a lama
vejo terra se dissolvendo
é uma oportunidade que chama
o que você quer continuar vendo?

Parece que chora meu coração
mas em algum lugar há um gesso duro
que há de amolecer em desconstrução
e se refazer com alicerce maduro

A água pode até incomodar
mas é límpida, fluida e leve
Será que você pode deixar molhar?
A vida é simplesmente muito breve

Nesta brevidade ocorreu tempestade
O enxugar das minhas roupas irá mostrar
As águas as quais deixei molhar

Neste temporal houve transformação
de egoísmo duro a altruísmo em neve,
essa chuva gelada de quem escreve.